Não é só em Montes Claros que ocorre (já vi em outras cidades do Norte de Minas, principal região do estado em que não há uma fiscalização rigorosa), mas é quase comum se deparar com um “jornal” ou “revista” circulando por aí, sem qualquer novidade que mova ou provoque o leitor a pensar. Pode soar meio demagógico, mas só “servem” para atrapalhar quem desenvolve um bom trabalho jornalístico e tem cacife para tal função.
Pomposos, bem diagramados (nem todos), com textos medíocres (CtrlC Ctrl V), um desserviço à gramática e à ortografia. Sem falar nas fotos idiotas, sem nenhuma apuração técnica do fotógrafo. Ainda tem as legendas. Pouco criativas e sem nenhuma informação adicional, como recomendam os rituais e manuais do jornalismo da grande imprensa.
Macetes que não se aprendem copiando indiscriminadamente o que se vê pela frente, mas, sim, ouvindo o sofrimento das pessoas, de uma leitura crítica, da semiótica.
Esses caras vão ficar, aí, impunes. Será que fiz juízo de valor? Com certeza, não. O problema é que não há fiscalização, tanto de nós, jornalistas, quanto dos órgãos competentes.
Qualquer mané pode, a qualquer hora ou lugar, montar um “jornal”, ser JORNALISTA ou estar JORNALISTA. Ridículo. Nesses ditos “jornais”, você se depara com um expediente também medíocre. Às vezes, o “jornalista (ir)responsável não aparece nem para assinar as matérias. Quando há um profissional do jornalismo, o cara é, simplesmente, o dono, o editor, o diagramador, o telefonista, a secretária... O diabo a quatro.
A categoria, principalmente os formados, deve intensificar a mobilização e iniciativas de combate às formas de precarização e das relações de trabalho, como preconiza a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Defendamos nossa dignidade!
Melhor para profissão, melhor para o JORNALISMO. Melhor para NÓS