quinta-feira, 8 de abril de 2010

"Vôlei – polêmica, legados e interpretações"

O jornalista Ricardo Freitas, ex-InterTV e atualmente editor-chefe da TV Geraes, voltou com tudo em seu Blog, o MocTube. Para que todos entendam, o blog em geral é um espaço de conflito de ideias, sejam elas pessoais ou não, e geralmente defende o confronto de opiniões ou opiniões próprias. Como blogueiro, não tenho dúvida que essa última afirmação seja a mais forte.

Pois, bem. Recentemente, como bom intrometido e bisbilhoteiro que sou, li o texto "Vôlei - polêmica e legados" do MocTube e tirei minhas conclusões. Depois de ler o texto, vi que foram feitos alguns comentários a respeito.

Entre os comentários, percebo o do jornalista Waldo Ferreira, que criticou com argumentos incisivos as afirmações do jornalista. Em seu blog, ele afirma ter orgulho do time de vôlei de Montes Claros. O que há de errado nisso? Não estou aqui para defender ninguém, uma vez que conheço bem a experiência dos dois colegas de profissão, mas apenas discutir ideias.

Foto: Clésio Robert

Leia o comentário do jornalista Waldo Ferreira

Porém, percebo haver um certo atrito geral entre a categoria quando o assunto é gosto pessoal. Ao que parece, não temos mais o direito de gostar daquilo ou daquilo outro, conversar com alguém ligado à Prefeitura Municipal de Montes Claros - ou mesmo com o prefeito Luiz Tadeu Leite -, pelo motivo de estar ligado a “A” ou “B” na cidade. Isso é ridículo. O caldo entorna mesmo quando tecemos comentários sobre certo político que é assessorado por algum colega jornalista. Já sofri isso aqui no blog e até mesmo quando me roubaram a senha do e-mail. Sobraram recomendações. Fui alvo de “afirmações” - para não dizer injúria e difamação - em certo jornal da cidade. A resposta está pronta e vou publicar no próximo texto.

Pessoal, vamos fazer os nossos trabalhos. Defenda seu assessorado. Brigue por um espaço na mídia, articule parcerias, insista com seu entrevistado, sugira uma melhor diagramação. Agora, afirmar que temos ligações com políticos para tentar desarticular um outro, isso é jornalismo rasteiro, pequeno. Não dá voto. E outra: E se tivermos ligações políticas? É proibido? Jornalista não pode ter partido? Não pode ser politizado? A ética é o limite!

Companheiros, pera lá. Trabalhei em jornal e sei bem como funciona a engrenagem. A ética jornalística é uma coisa peculiar para poucos profissionais da Comunicação em Montes Claros. Posso dizer sem medo de errar que estou neste grupo. Há, sim, muita confusão, troca de papéis. O bom jornalismo, aquele que também almejo, com divergências de opiniões publicadas e conflitos debatidos, está adormecido há anos e, ao meu ver, ninguém quer se intrometer a colocar o dedo na ferida. Vejo as pessoas defendendo o interesse de outras, mas meus interesses defendo eu, ok.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

Manifestações pelo Dia do Jornalista






Casa da Imprensa

A CASA DA IMPRENSA DO NORTE DE MINAS congratula-se com seus representados por ocasião do Dia do Jornalista. Apesar das dificuldades, da precarização da profissão em decorrência da desobrigatoriedade do diploma, o compromisso com a verdade e com o interesse público prevalecem.

Aproveito a oportunidade para conclamá-los para a desafiadora tarefa de construção da nossa casa. O projeto está sendo liberado pela Secretaria Municipal de Planejamento, devendo seguir para liberação do CREA.

Só então estaremos partindo para uma grande campanha, para a qual todos serão chamados. Os primeiros contatos estão sendo mantidos com a PACTUM ENGENHARIA por apresentar, até agora, a parceria mais vantajosa.

Convido a todos para acessarem o site www.casadaimprensa.com.br de onde poderão acompanhar todos os passos deste processo, sugerir e dar colaboração. Solicito ainda que todos cadastrem-se neste site. É da maior importância conhecermos quantos somos, quantas pessoas trabalham na imprensa. Princípio básico para organização de qualquer categoria.

Por fim lembro a necessidade da sindicalização. Só assim estaremos garantindo a interiorização das ações do SJPMG.

Um grande abraço

Diretoria da Casa da Imprensa do Norte de Minas

Felicidade Tupinamba

Aldeci Xavier

Nagila Almeida

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Ricardo Freitas

(Editor da TV Geraes)


A
proveito a oportunidade para parabenizar também aos companheiros dos jornais, emissoras de rádio e tevê, blogs, sites, estudantes e professores de jornalismo e, claro, os assessores de comunicação de empresas e órgãos públicos que, não podem nunca se esquecer de que são também jornalistas.

Minha vontade era presentear a todos nós com uma panela Tramontina para fazer jus ao infeliz e mal informado STF, em especial ao ministro Gilmar Mendes, que nos transformou em cozinheiros. Se não fosse um prato tão indigesto, esse inimigo do profissionalismo no trato da notícia cairia bem dentro da panela de pressão em que nos meteu.

A situação hoje só tende a se agravar. Profissionais mal pagos, trabalhando sem condições humanas ideais, sem equipamentos necessários para o exercício da profissão; não raro, tendo como chefes sujeitos que não têm a mínima noção do que venha a ser notícia! Não raro, sendo obrigado (por questões de sobrevivência) a suportar agressões verbais de "coronéis" perdidos no tempo e no espaço, mas abalizados pela teia impiedosa da troca de favores, verbas e sobrenomes tecida pelas aranhas que infestam os corredores da justiça (com e sem mandados) e da política (com e sem mandatos).

Hoje é dia de comemorar o fato de que essa gente ainda não matou tesão pela notícia honesta, bem feita, bem apuirada e redigida, que sobrevive em pontos isolados de algumas redações deste país.

Basta de jornais que se transformaram em panfletos dos próprios donos, sejam eles políticos, religiosos, empresários ou até mesmo "jornalistas". Basta de assessores que ganham a vida como puxa-sacos. Basta de engajadinhos com e NBA´s e mestrados em teorias da conspiração. Basta de emissores de televisão, como a Inter TV, que não têm o JORNALISMO e o JORNALISTA como base de trabalho e investimentos.

Abram as carteiras e procurem, caros colegas: cadê os salário?
Vale mesmo a pena ganhar esmola pra puxar saco de valentões?

Abram os jornais, liguem a tv e procurem, caros colegas:
Cadê a notícia, gente?

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Cíntia Andrade

Montes Claros - MG

Aos meus amigos jornalistas; "HOJE É DIA DO JORNALISTA, PARABÉNS PELO DIA DE VOCÊS!". Que Deus abençoe muito o trabalho de vocês!

Com carinho.


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Assessoria Regional de comunicação e Promoção

Institucional da CODEVASF em Minas


“Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.”

Gabriel Garcia Marquez


Ao ensejo do dia do jornalista receba nosos cumprimentos e nossa admiração.


terça-feira, 6 de abril de 2010

É preciso ralar...

Existe técnica para passar em concurso? Pô, só pode ser brincadeira um camarada aparecer na minha TV e anunciar uma coisa dessas. Técnicas para passar em concurso só servem para massagear o ego de quem tem preguiça de estudar, de ler e de se inteirar sobre o que acontece na sua rua. Há técnica para cantar, para tocar violão.

Já tive preguiça de ler e estudar. Hoje, não. Leio panfletos do Bretas, bula de remédio e até jornal velho (a Folha de S.Paulo de domingo pode ser lida até uma semana após sua publicação). Leio livros não para aprimorar minha técnica de ler livros, mas para ter conhecimento. Querer que a gente acredite nessa balela de método de aprovação acho que já é abuso.

Falar de técnicas para passar em concurso é atestar que há um “jeitinho”, uma receita para conseguir qualquer coisa sem antes ter que ralar, sofrer um pouco. Nós, brasileiros, estamos acostumados com esse “jeitinho”.

Nossa política nacional ilustra bem esta máxima, que não é infundada. Vejam o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. A Justiça brasileira não consegue prender o cara por nada nesse mundo. Ele sempre dá um jeitinho. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, aquele dos panetones, não teve a mesma sorte. Ele bem que tentou ludibriar nossos juristas levando-os no banho-maria, mas a opinião pública pôs o dedo na ferida e conseguiu colocar o cara no xilindró.

Em toda a parte vemos como as pessoas quererem dar jeito em tudo. Até na morte. Ao ressuscitar, Jesus Cristo provou que isso era possível, mas primeiro teve que morrer. Houve sacrifício. Por que fugimos dessa parte. É preciso sacrificar. Tomo isso como lição todos os dias. Espero que sirva pra alguém.