quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Força total

Pessoal, um bom tempo depois de estar off-line do blog, volto com força total. Na verdade, estava on-line em outra mídia: o Twitter. Jornalista nunca fica off-line. Já ouviram isso? Pois, é.

Apesar de estar fora da correria diária do caos organizado que deve ser uma redação, como bem dizia o coordenador de jornalismo da Funorte, Elpídio Rocha, estou sempre antenado ao que acontece na rua, na esquina da minha casa, dentro do ônibus, na fila de um banco ou onde quer que aconteça algum incomum.

Estive tocando alguns projetos, dedicando mais tempo aos estudos e à minha família.



Caso Chiquinho: Ligação de celular
pode apontar sequestro

Quase dois meses depois do sumiço do despachante montesclarense Chiquinho, informações de pessoas ligadas à família dão conta de que despachante pode ter sido vítima de sequestro. De acordo com fontes apuradas pelo blog, um dia depois do desaparecimento de Chiquinho, um dos familiares teria recebido uma ligação do seu próprio celular.

A voz que soou desconhecida aos parentes, exigiu um pagamen
to de R$ 20 mil reais. Depois desse episódio, relatado à Polícia Civil, não houve nenhum outro contato. Há rumores de que a Polícia Civil de Belo Horizonte estaria interessada em chefiar as investigações, mas a PC local decidiu conduzir o caso.

Outro assunto que também foi ventilado ao blog foi que pessoas ligadas à família estariam interessadas em levar o caso ao programa do jornalista José Luiz Datena, da Band, numa tentativa de acelerar o processo de localização do despachante.

A família teria negado a iniciativa.
Por enquanto, as investigações policiais na cidade estão ocorrendo em sigilo. Outras informações sobre o caso são tomadas como especulação.

Missão montesclarense conhece Vale da Eletrônica

Uma delegação de Montes Claros composta por pesquisadores e diretores de ensino visitou o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) em Santa Rita do Sapucaí. Localizada no sul de Minas, a pacata e fria cidade está no chamado Vale da Eletrônica, que já formou grandes engenheiros de nossa cidade e que hoje fazem sucesso fora do estado e do país.

Entre os participantes da delegação, estavam Edgardo Cáceres do Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI), Alexandre Ramos, presidente da Fundação de Desenvolvimento Tecnológico e Científico da Agropecuária Norte-Mineira e Geraldo Guedes, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

A viagem, realizada no início de fevereiro, promoveu um intercâmbio para a transferência de tecnologia solidária. Alexandre Ramos diz que a experiência servirá para promover o desenvolvimento regional na área tecnológica.
Falando nisso, quando será que sai o Parque Tecnológico? É de se esperar.


CRUZEIRO 4 X 1 COLO-COLO
Deborah Secco divide as atenções no Minerão


FOTOS: RODRIGO CLEMENTE E PEDRO SILVEIRA/O TEMPO
O Cruzeiro passeou no Mineirão ao golear o Colo-Colo nessa quarta-feira (24) no Mineirão por quatro tempos a um. Foi a primeira vitória no grupo 7 da Libertadores. O gladiator Kleber marcou duas vezes. Mas quem esbanjou simpatia, vestida com o manto sagrado, foi a modelo e atriz cruzeirense Deborah Secco, mulher do armador Roger Segundo relato do jornal O Tempo, de BH, Deborah foi mais assediada que os próprios jogadores, supostamente as estrelas do espetáculo. A atriz distribuiu autógrafos, tirou fotos com torcedores e jornalistas, abraçou fãs, deu entrevistas e sorriu todas as vezes que alguém gritou seu nome. Marketing Os dirigentes do Cruzeiro não perdem uma chance de fazer publicidade. Parecem os papagaios de pirata do norte de Minas. Deborah chegou acompanhada do presidente do clube, Zezé Perrela, e ficou o tempo todo na área ocupada pela diretoria do Cruzeiro, junto às cabines de rádio e TV.


FORA, CENSURA

Fotógrafo é demitido de jornal


O fotojornalismo mineiro sofreu mais uma baixa. O fotógrafo do jornal Estado de Minas, Emmanuel Pinheiro, foi demitido na última semana. Motivo: expressar opinião em seu blog que, para o jornal, pareceu mais uma afronta à linha editorial.
Até quando as empresas vão tratar fotógrafos, repórteres, fotojornalistas e assessores como “João Ninguém”? Pra onde foi parar o respeito com os profissionais? A empresa alega justa causa. No blog, o fotógrafo comenta sua árdua rotina de traduzir em imagem fotográfica a informação que sai diariamente no jornal. O pior é que não é valorizado. Segundo o jornal, o fotógrafo teria "excedido" em algumas palavras. Quer dizer que o profissional não pode ter opinião? O relato de Pinheiro foi publicado no Observatório da Imprensa.

Relato de uma demissão


Por Emmanuel Pinheiro em 16/2/2010

Sou fotojornalista, tenho 36 anos, 12 deles passados no aprendizado diário das redações. São 12 anos de muito trabalho, de conquistas e de frustrações inerentes a qualquer trabalhador. Comecei a trabalhar no Estado de Minas em maio de 2003 e permaneci até o dia 08 de fevereiro de 2010, quando recebi sem nenhum aviso anterior minha carta de demissão por justa causa. Motivo: improbidade.
Não recebi sequer uma explicação convincente do que teria feito. Somente umas poucas palavras de meu editor de fotografia que, educadamente, me disse: "Releia seu blog". Só. Do editor de fotografia, fui até a sala do editor-chefe que, também educadamente, me disse que eu poderia ter dirigido as críticas a ele, em sua sala, mas não postá-las na internet, o que me deu a justa causa. O fato é que não critiquei ninguém, não cito nomes ou faço juízo de alguma pessoa em meu humilde blog. Apenas critico posturas, falo sobre minhas frustrações, sobre fotografia e sobre a mídia em geral. Agradeci aos dois pela oportunidade que me foi dada de aprender algo na minha experiência como profissional e fui embora. Sem dinheiro algum, mas com dignidade. Claro que saí ferido, sem chão, mas acredito em algo maior, em pessoas que têm compromisso e que sabem quem eu sou, o que fiz, e o que posso ainda, fazer, tendo opinião e senso crítico.

Alerta máximo


Fui alvejado num paredão de fuzilamento moral por ter um blog (que, sinceramente, não é lido por mais que três pessoas) e por nele postar observações minhas a respeito do jornalismo, da postura dos jornais, dos acertos e dos erros inerentes ao homem. Critiquei algumas posturas, elogiei outras e fui carimbado como gado com a justa causa, marca que ficará por um tempo pairando na minha cabeça.

Me admira o retrocesso e a arrogância de um jornal que demite um funcionário desta forma pelo fato de pensar. O que se devia esperar de um jornal era a liberdade de expressão, e não o cerceamento de pensamento. Deixei tudo lá, mas saí com minha consciência tranquila. Vou recomeçar do zero minha jornada e não vou me calar. Espero que a liberdade não dê lugar à censura. Espero que este erro abominável seja reparado e que eu possa, antes de tudo, ser uma pessoa que pensa e que respira. Vou recorrer a tudo o que for possível para ter os meus direitos de volta. Não falo de dinheiro, mas sim, de moral, ética, independência e humilhação.

Se censuram um blog hoje, o que farão amanhã?
A única coisa que me lembro dos anos de ditadura foi quando morava em Brasília, nos idos de 1979, e tinha que colocar o nome do general Figueiredo em todas as minhas provas no colégio. No mais não me recordo desse período nefasto.

Mas, como num flash, me recordei desses tempos. Espero acordar deste pesadelo e seguir em frente com a cabeça erguida diante dos acontecimentos tão mórbidos e injustos pelos quais estou passando.


Espero que meu calvário sirva de alerta máximo a todos, pois fatos como esse não podem acontecer em pleno Estado Democrático de Direito. Confira aqui a carta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) em repúdio à censura ao repórter-fotográfico Emanuel Pinheiro.

ACI fará pesquisa entre associados


Para conhecer demandas das empresas associadas, a fim de estimular a inovação na entidade, a Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros – ACI promove pesquisa com os associados. A pesquisa é uma das apostas de Adauto Marques, novo presidente da ACI que tomou posse nesta quarta-feira(3), no Automóvel Clube de Montes Claros.