sexta-feira, 2 de maio de 2008

Irmãos de Isabella
serão ouvidos


Os filhos de Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, serão visitados pelo Conselho Tutelar de Guarulhos na próxima segunda-feira. A visita foi pedida pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), órgão do governo do estado, para verificar em que situação se encontram Pietro, de 3 anos, e Cauã, de 1. Os dois estão com os pais na casa do avô materno, Alexandre Jatobá, em Guarulhos.

Na quarta-feira,
a família se recusou a receber uma representante do Conselho . Nesta sexta-feira, voltou atrás e o advogado Ricardo Martins entrou em contato com a conselheira Aparecida Camará para agendar a visita. Se o relatório da polícia estiver certo, as duas crianças viram as agressões que culminaram com a morte de Isabella Nardoni, 5, atirada pela janela do apartamento do pai no dia 29 de março.

Anna Carolina teria esganado a menina até que ela fosse asfixiada. Alexandre não teria impedido o acesso de fúria da mulher e teria jogado Isabella pela janela. Segundo o relatório do inquérito policial, feito pela delegada Renata Helena Pontes, o casal mente de forma dissimulada . Para a delegada, a morte da garota foi um ato covarde, que demonstra maldade e desprezo pela vida humana.

A informação da visita foi confirmada por Aparecida Camará. Segundo ela, os integrantes do Conselho Tutelar vão se reunir na segunda-feira para decidir detalhes da visita.

Ariel de Castro Alves, secretário-geral do Condepe, disse que o objetivo é verificar se é necessário algum apoio social ou psicológico às crianças. Para a conselheira Aparecida Camará, as medidas dependerão do que os conselheiros irão encontrar no apartamento da família Jatobá.


O Conselho Tutelar poderá conversar separadamente com Pietro caso considere necessário. A delegada Renata Pontes afirma no relatório do inquérito que apura a morte de Isabella que provavelmente foram de Pietro os gritos de "papai, papai, pára, pára" ouvidos por vizinhos minutos antes da morte da menina.

Na quarta, uma conselheira de Guarulhos foi atendida apenas por interfone. Segundo Alves, impedir a entrada do Conselho Tutelar configura crime previsto no artigo 236 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


Os responsáveis podem ser punidos com detenção de seis meses a dois anos.
A morte de Isabella não tem testemunha ocular ou confissão do assassino. Se Pietro presenciou a violência, ele seria o único a testemunhar a morte da irmã. O Ministério Público não descartou que a criança seja ouvida, desde que seja com apoio de psicólogos, o chamado "depoimento sem danos".


"Não, pois no futuro essa crianca podera ter traumas gravissimos caso o pai venha a ser condenado...ele jamais se perdoará por ter jogado o próprio pai numa prisão. Penso que a Justiça tem que usar de outros meios, e isentar essa crianca, desse caso monstruoso", diz uma leitora.
"O depoimento do irmão seria o mais verdadeiro e esclarecedor já dado por um Nardoni, visto que crianças dessa idade, mesmo que exaustivamente treinadas, não conseguem mentir ou simular emoções por muito tempo. Tenho certeza que temos profissionais muita capazes de realizar um trabalho", afirma um leitor.

"Sendo a criança referida provável testemunha do crime, talvez o testemunho dela ajude-a a começar um processo de enfrentar a seu sofrimento", diz outra internauta. (Do Globo on line)

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