sábado, 27 de março de 2010

Casal Nardoni é julgado e opinião pública aliviada

O resultado do julgamento da morte trágica da menina Isabela Nardoni, 5, em 2008, foi recebido com certo alívio pela opinião pública. A decisão chegou ao fim na madrugada de sábado. Segundo decisão do júri, o pai e a madrasta de Isabella Nardoni, 5, foram, sim, os responsáveis pela morte da menina.

Os jurados entenderam que a menina foi asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde moravam Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em março de 2008.

Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, pelo fato de ter sido cometido contra menor de 14 anos e agravado por ser contra descendente. Ele também foi condenado a oito meses pelo crime de fraude processual, em regime semiaberto.

A madrasta, Anna Carolina Jatobá, foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra menor de 14 anos, e mais oito meses pelo crime de fraude processual, também em regime semiaberto.

O sentimento de "ainda haver justiça" num país que vive um dos seus piores momentos na política, aliviou a maioria dos brasileiros. Afinal, não podemos dar ao luxo e assimilar de forma tão simples a iniciativa de pais jogarem seus filhos pela janela ou mães que largam seus filhos em lagoas ou lixões. Realmente, não dá para engolir tais fatos como sendo do "cotidiano" ou conveniência da vida.


Carol Guedes-7.mai.08/Folha Imagem
Anna e Alexandre são levados por policiais após terem a prisão decretada em 2008
Anna e Alexandre são levados por policiais após terem a prisão decretada em 2008

O clamor das pessoas que acompanhavam o resultado do júri do lado de fora do Foro foi o termômetro para medir o quanto os cidadãos aguardam por justiça, num pais de desigualdades. Chamou a atenção a entrevista de um pai que também perdeu o filho de maneira trágica. "Me sinto aliviado por perceber que a justiça foi feita nesse caso".

Que alívio não seria se a justiça enxergasse e punisse todos os políticos corruptos, que compram votos e vendem sua alma para não largar o poder. Poder que enriquece seus bolsos, seus gados, calam pessoas e até "jornalistas".

Como jornalista, pai, cidadão brasileiro e, acima de tudo, cristão, também me senti aliviado depois de ver que ainda existe uma luz no túnel. Tal fato, que ficará em nossas lembranças, servirá para demonstrar, assim como em outros casos já ocorridos, que a justiça de Deus também existe e não falha.

Adriano Vizoni/FolhaImagem
Após condenação, promotor Francisco Cembranelli fala sobre o caso; advogado do casal não deu declarações
Convicção. Promotor de Justiça, Franscisco Cembraneli tinha total confiança no resultado


Ana Carolina Cunha de Oliveira e a filha, Isabella, 5, que caiu do sexto andar de prédio
Ana Carolina Oliveira e a filha Isabela



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