sexta-feira, 5 de março de 2010

LAVANDO A ÉGUA


Meu avô sempre tinha uma frase para ilustrar as coisas. Às pessoas que conseguiam as coisas com certa facilidade ele dizia que fulano havia “lavado”a égua”. Pois, é, meus queridos. Alguns moradores de uma região não muito distante daqui, Brejo das Almas, estão literalmente lavando a dita cuja.

A história não é mais um “causo” sem graça e nenhuma lenda urbana, mas a pura verdade. Se bobear, acredito, o assunto renda pauta até para o Fantástico. Pois, é. A população de Francisco Sá - não são todos, mas os mais espertos - estão aproveitando da morte alheia para montar seus próprios empreendimentos. Sério!

A “Serra da Morte”, como é conhecida, vez ou outra faz lá suas vítimas fatais naqueles acidentes em que a gente pouco sabe o que realmente aconteceu. E nunca descobre o que acontecerá depois. Pelo menos nunca divulgam o resultado da perícia e tal...

A bem verdade é que caixas de chiclete, água de côco, engradados de cerveja em lata e toda a sorte de produtos deixados na estrada quando de uma tragédia são bem aproveitados pelos moradores brejeiros. Há casos em que os “aproveitadores” já montaram até um boteco com a carga roubada.

E não é difícil descobrir quem está faturando, não. Basta uma voltinha rápida pela cidade que algum interesseiro te oferece a “carga da semana”, ou melhor o produto da semana. É de se impressionar. Quem sabe da próxima vez que eu for visitar o Brejo não pegue depoimentos e faça fotos dos empreendimentos.

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