O fotógrafo da prefeitura de Montes Claros, Fábio Marçal, teve a oportunidade de trabalhar durante um ano e meio com o ex-prefeito Mário Ribeiro e seu irmão Darcy. Experiência que poucos profissionais tiveram.
Valorizando o trabalho do profissional da imagem, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) se prepara para o lançamento do livro "Dois irmãos", previsto ainda para este semestre. Detentor de várias imagens de Montes Claros, ganham destaque no livro personagens ilustres como os irmãos Mário e Darcy Ribeiro.
(foto: MICHELLE TONDINELI)
Fábio Marçal: experiência no instante decisivo
Em entrevista ao O Norte, Marçal lembra que trabalhou durante um ano e meio com os irmãos Ribeiro. "A pontualidade era algo essencial para doutor Mário; se o evento era marcado para às seis horas, às seis horas ele estava lá esperando", recorda.
O livro possui ainda textos de pessoas próximas aos dois irmãos, como Genival Tourinho, Reinine Canela, a própria esposa de Mário, dona Jacy Ribeiro, o reitor da Unimontes, Paulo César Almeida, e o vice-reitor João Canela; Vilma Silva do departamento de história da Universidade, a neta dos Ribeiro, a jornalista Maria Ribeiro, Artur Veloso, entre outras.
O livro é todo em P&B. "A capa mostra o morro-símbolo da cidade de Montes Claros, chamado Dois Irmãos, com isso eu tive a ideia de juntar o nome do morro com eles dois. O livro em preto e branco é devido à época vivida por eles, pois antes eu precisava revelar as fotos e tinha o quarto escuro e toda a química", argumenta o fotógrafo.
DIFICULDADES
Fábio Marçal explica que teve muitas dificuldades para conseguir ajuda e contribuição para publicar o livro. Ele comenta que as pessoas desprezavamo trabalho e diziam que não havia necessidade da existência do livro. "A minha intenção é fazer um acervo de toda a história da cidade, para mostrar o que já foi feito pela cidade. Durante 15 anos tenho tentado publicá-lo, sendo muito difícil. Só em 1996 eu consegui no departamento de história da Unimontes esta ajuda e do pessoal do jornal Hoje em Dia, que me ajudaram nas montagens. Eles viram o material e gostaram", destaca.
O fotógrafo prevê a publicação das imagens na internet. A previsão é que seja criado um banco de dados para que todos tenham acesso à história da cidade.
(*) Com informações da repórter Michelle Tondineli
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