quarta-feira, 30 de junho de 2010

Carne-de-sol vendida em M.Claros e Mirabela é imprópria, diz UFMG


Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (30) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que a tradicional Carne-de-sol, prato predileto dos nortemineiros, é imprópria para consumo humano.

O estudo desenvolvido pelo Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG visitou 30 estabelecimentos que produzem e vendem carne-de-sol nas cidades de Montes Claros e Mirabela. Mais da metade está irregular.

"O processo é realizado em condições precárias de higiene e sem controle de qualidade, comprometendo a conservação e a comercialização”, alerta a pesquisadora Aline Luciane de Moura Cruz.


Saborosa, porém contaminada, Carne-de-sol está novamente na berlinda

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura, não estabelece um padrão de identidade e qualidade, nem define as instalações e o processo de fabricação da carne-de-sol.

A pesquisa avaliou a qualidade microbiológica e físico-química das amostras de carne-de-sol coletadas nas duas cidades e identificou, por meio de entrevistas com os manipuladores, as práticas adotadas durante o processo de produção, sendo constatadas as péssimas condições higiênico-sanitárias de produção e comercialização do produto.

Nem mesmo as mãos dos manipuladores escaparam, já que passaram por análises microbiológicas. O número de bactérias, bolores e leveduras encontradas na carne-de-sol indicaram condições higiênico-sanitárias insatisfatórias e características microbiológicas indesejáveis. As análises sugeriram a presença da bactéria salmonela em 73,33% das amostras de carne-de-sol.

“Isso pode representar riscos à saúde dos consumidores”, alerta Aline, lembrando que entre as principais consequências da contaminação por salmonela estão dores de cabeça, calafrios, febre branda, problemas gastrointestinais, náuseas, fraqueza e, até mesmo, morte.

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