terça-feira, 6 de abril de 2010

É preciso ralar...

Existe técnica para passar em concurso? Pô, só pode ser brincadeira um camarada aparecer na minha TV e anunciar uma coisa dessas. Técnicas para passar em concurso só servem para massagear o ego de quem tem preguiça de estudar, de ler e de se inteirar sobre o que acontece na sua rua. Há técnica para cantar, para tocar violão.

Já tive preguiça de ler e estudar. Hoje, não. Leio panfletos do Bretas, bula de remédio e até jornal velho (a Folha de S.Paulo de domingo pode ser lida até uma semana após sua publicação). Leio livros não para aprimorar minha técnica de ler livros, mas para ter conhecimento. Querer que a gente acredite nessa balela de método de aprovação acho que já é abuso.

Falar de técnicas para passar em concurso é atestar que há um “jeitinho”, uma receita para conseguir qualquer coisa sem antes ter que ralar, sofrer um pouco. Nós, brasileiros, estamos acostumados com esse “jeitinho”.

Nossa política nacional ilustra bem esta máxima, que não é infundada. Vejam o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. A Justiça brasileira não consegue prender o cara por nada nesse mundo. Ele sempre dá um jeitinho. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, aquele dos panetones, não teve a mesma sorte. Ele bem que tentou ludibriar nossos juristas levando-os no banho-maria, mas a opinião pública pôs o dedo na ferida e conseguiu colocar o cara no xilindró.

Em toda a parte vemos como as pessoas quererem dar jeito em tudo. Até na morte. Ao ressuscitar, Jesus Cristo provou que isso era possível, mas primeiro teve que morrer. Houve sacrifício. Por que fugimos dessa parte. É preciso sacrificar. Tomo isso como lição todos os dias. Espero que sirva pra alguém.



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